Simplesmente dores...

Fiquei pensando sobre o que escrever no primeiro post do meu blog. Ocorreram-me algumas ideias, interessantes até ouso dizer, mas preferi deixá-las para outro momento. Resolvi então escrever sobre a DOR. Assunto que me veio à mente ontem. Ao passar à tarde com uma dor de cabeça insuportável percebi como a dor faz parte da nossa vida constantemente, em suas diversas facetas, de físicas a emocional. Esse tema então me pareceu bem oportuno, já que me fez pensar nas diversas dores que já senti e que inúmeras vezes sinto, não apenas eu, mas diversas pessoas creio eu. Falemos então da DOR. Não... das dores. Sentir dor é extremamente desagradável, independente de qual seja ela, dores físicas ou emocionais. As dores físicas, contudo, podem ser curadas ou amenizadas através de remédios; já as emocionais, estas os remédios não curam, podem amenizar, mas curar? Sou cética em acreditar em tal cura. A minha dor de cabeça passou com um simples remédio. Mas, e as tais dores emocionais? Estas não se foram. Uma dor que corrói ao ponto de fazer doer e de fazer chorar. Chorar às vezes sem saber o motivo, só se sabe que dói e que o choro teima em descer sem nem se dar conta, sem nem sentir e quando se vê já está em lágrimas. Uma dor que machuca. Que pode ser tristeza, mágoa, solidão, amor, desamor, desabafo... inúmeros motivos que só são extravasados através das lágrimas, porque guardá-las muitas vezes é impossível. Ás vezes a dor é tão forte que nem escolhemos o lugar que vamos senti-la e que nosso rosto se molhará. Ainda bem que podemos escolher em que colos chorar! Às vezes nos encontramos tão sós que o único colo encontrado é o do nosso travesseiro à noite, mas quando esse não resolve buscamos por aqueles o qual podemos chamar de amigos. Mas só os verdadeiros amigos te darão aquele colo do qual você precisa, sem cobranças ou pressões, pois esses colos amigos nem de palavras precisam, porque só o silêncio e o calor do abraço dessa pessoa já te deixam mais forte porque você só estava precisando disso, deles. Essas dores vêm e vão com uma frequência que até chega a me assustar. Ficam na memória por tanto tempo, que às vezes acabo acreditando que durarão pra sempre, mesmo “sempre” sendo uma palavra muito forte. Mas talvez ela seja tão forte quanto à dor. Fico por aqui... em lágrimas, mas me sentindo bem melhor!

Dedico esse post ao meu travesseiro que muito já colheu minhas lágrimas, mas dedico especialmente aos meus amigos que muitas vezes já me ofereceram colos para chorar, não preciso citar nomes, pois eles bem sabem quem são, pois estão sempre de braços abertos quando eu preciso, e olha que eu preciso muito!

“A diferença entre minha alegria e tristeza, é que as alegrias são intensas enquanto as tristezas são profundas.” (Jaak Bosmans)